Terceira edição do Bei nos Bairros Especial traz demandas do Loteamento Estação dos Ventos, no Bairro Km 3

Nesta quarta-feira (17), ocorreu a terceira edição do Bei nos Bairros Especial, na sede do Grupo Diário. O programa tem como objetivo oferecer espaço para as comunidades de Santa Maria apresentarem demandas e receberem um retorno imediato das autoridades responsáveis.

Os jornalistas Maurício Barbosa e Rafael Menezes apresentaram o programa, ao vivo, para a CDN e a TV Diário direto do Auditório do Diário. Participaram representantes da prefeitura e da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan).

Nesta edição, a Associação de Moradores do Loteamento Estação dos Ventos, no Bairro Km 3, dialogaram em relação às principais demandas necessárias para a melhoria do local. A comunidade nasceu em 17 de julho de 2001, pela reintegração de posse da Vila Santos, em um dia de chuva e frio, para fazer jus ao nome, comentou o presidente da Associação dos Moradores, Tito Rodrigues.

As principais pautas apresentadas pelos representantes da comunidade foram relacionadas à saúde, falta de moradia, mobilidade urbana e infraestrutura. A primeira a ser abordada foi a saúde.– O ambulatório que atendia a comunidade fechou. Desde então, estamos na expectativa do término da construção do posto de saúde. No momento, estamos sendo atendidos pela unidade móvel, duas vezes por mês, com cerca de 12 fichas, para crianças, adultos, quatro dessas são reservadas para os idosos – disse Rodrigues.

Da esq. Chefe de Gabinete do prefeito, Alexandre Lima; jornalista Rafael Menezes; jornalista Maurício Barbosa; presidente da Associação do Loteamento, Tito Rodrigues. Foto: Eduardo Ramos (Diário)

A moradora e representante do Projeto Social Centro de Desenvolvimento Comunitário (CDC), que abriga crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade, Fabiana Ribeiro, falou sobre a infraestrutura do bairro:– Gostaríamos de um diálogo com a prefeitura de apoiar para utilizar o terreno, que tinha sido destinado para a construção de uma creche, em algo proveitoso para a comunidade, como uma pracinha para as crianças, por exemplo – afirmou.Outras demandas levantadas pela necessidade dos moradores foram escoamento e drenagem das ruas, falta de iluminação pública, a escassez de água em algumas casas, além da fome e miséria.

Foto: Eduardo Ramos (Diário)

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As respostas do Poder Público

Na demanda da saúde, as respostas partiram da superintendente de Atenção Básica da prefeitura, Daiany Donaduzzi. A profissional contextualizou que a unidade móvel atende 13 locais da cidade:– Como temos apenas essa estrutura, precisamos fazer um cronograma para atender todos os locais necessários. Em relação ao atendimento, precisamos valorizar a qualidade da escuta do médico com o paciente. Para além de 12, podemos perder esse acolhimento. Ouvir e apenas prescrever não é resolutivo e sabemos que outras questões como a insegurança alimentar e a falta de emprego culminam nas questões da saúde.

Além disso, Daniany disse que a unidade móvel limita o atendimento de algumas pessoas, como as pessoas com deficiência (Pcd), devido à estrutura.– Então, durante conversas resolvemos que cada vez que a unidade estiver na comunidade, a enfermeira responsável vai deixar cinco agendamentos no Posto de Saúde Mozzaquatro. Para atender aquelas pessoas que precisam de um cuidado mais qualificado em relação à estrutura, que a unidade móvel não oferece – garantiu.

O chefe de Gabinete do Prefeito, Alexandre Lima, salientou a importância do Bei nos Bairros para estreitar a relação com as comunidades e entender as demandas que o município ainda precisa fazer.– Hoje, com a Estação dos Ventos, a comunidade tem razão na maioria das pautas levantadas e tivemos a oportunidade de explicar o que já fizemos. Como a rede de iluminação, a parte elétrica, a drenagem, o esgotamento, a água e a entrega das certidões das áreas que nos propusemos a realizar a regularização fundiária – afirmou.

A gerente da Corsan em Santa Maria, Andréia Zanini, comentou que o trabalho do órgão na comunidade possibilitou a ligação de água em todas as residências por meio de um cadastro, implementação da rede coletora de esgoto e a construção da estação de tratamento de esgoto. Como o saneamento não chega na região, nos próximos meses a Corsan vai começar identificar a ligação de cada imóvel na rede para chegar de forma adequada ao local de tratamento.

Ao final, o Tito Rodrigues apontou que todas as demandas foram respondidas da maneira adequada e voltam para casa com a sensação de poder colher frutos, a partir deste diálogo.

Também estiveram presentes no debate outros líderes comunitários do município e os vereadores Valdir Oliveira (PT), que preside o Legislativo, Roberta Leitão (Progressistas), Adelar Vargas (MDB), Bolinha, Givago Ribeiro (PSDB) e líder do governo de Jorge Pozzobom, e Danclar Rossato (PSB). A RGE foi convidada, mas informou que não poderia comparecer. No entanto, enviou informações sobre a ligação da rede elétrica em algumas residências do Bairro Km 3. 

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